sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Quem pôs Relvas à frente de Cristas?

Cais da Cambeia, Murtosa.
Foto: Paulo Horta Carinha 19ag2012


4 comentários:

OLima disse...

Imagens da segunda reunião para a privatização do serviçºo de abastecimento de água e recolga de resíduos em Odivelas, pela mão da RTP:
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=626337&tm=8&layout=122&visual=61

aNaTureza disse...


Olá,
vou deixar isto aqui, pode ser que mais alguém a use, pois é bem preciso. Uma carta para os (des)governantes contra essa ilegalidade, no que toca a ética, que é na privatização da água:

Gabinete do 1º ministro - gabinete.pm@pm.gov.pt
Secretário de estado da presidência do conselho de ministros - gabinete.sepcm@pcm.gov.pt
Ministro das finanças - gabinete.ministro@mf.gov.pt
Ministro da economia - gabinete.ministro@mee.gov.pt
Ministra da agricultura - gabinete.ministro@mamaot.gov.pt
Grupo àguas de Portugal - info@adp.pt


Ex.mos Srs.,

Declaro o meu total repúdio pela recentemente aprovada Proposta de Lei 123/XII que “Procede à segunda alteração à Lei n.º 88-A/97, de 25 de Julho, que regula o regime de acesso da iniciativa económica privada a determinadas actividades económicas” e que teve o “natural” apoio da maioria parlamentar PSD e CDS-PP, e que tem como objectivo regular “…o regime de acesso da iniciativa económica privada a determinadas actividades económicas, visando a reorganização do sector de abastecimento de água e saneamento de águas residuais e recolha e tratamento de resíduos sólidos.“, o que em termos mais simples quer dizer que permite que a água, e serviços conexos, passe a ser “objecto” de venda para obtenção de lucro por parte de empresas privadas.

Gostaria de vos lembrar, que a água é um direito humano e um bem comum.
Moralmente nunca deverá ser um bem destinado à obtenção de lucro por parte de entidades que não sejam representativas da população, exactamente por ser um recurso básico e essencial à vida de todos os seres. É também uma decisão politicamente ilegítima por não ter constado de nenhum programa eleitoral, pelo menos de domínio público.
Por estes motivos, exijo como Cidadão, que seja efectuado um referendo, mas apenas após vasta e clara discussão pública, e sessões de esclarecimento, visto ser esta a única forma que poderá, eventualmente, tornar uma decisão desta magnitude democrática e digna de um Estado de Direito Republicano. Isto se os Senhores acreditam ainda nestes valores.

Senhores, não servirá o exemplo do que já aconteceu em outros países? Ou apenas fazem como de costume e apenas vêem aquilo que vos interessa?

Concordo absolutamente com este excerto de uma intervenção no parlamento:

“A má estratégia, a incompetência, a negligência dos sucessivos governos, bem traçada à escala de uma desejada privatização do sector da água, é que é a responsável por problemas de sustentabilidade, que ainda assim têm solução que não passa obviamente pela privatização da sua gestão. Os problemas de sustentabilidade do sector foram produzidos por más opções políticas.
Denegrir agora o sistema público de gestão da água é um entretenimento do governo e da maioria parlamentar para sustentar o seu desejo de privatização. O concelho de Almada que optou por virar as costas à chantagem do governo e por via disso nunca obteve financiamento central ou comunitário dos seus investimentos, tem hoje, um sistema perfeitamente sustentável, numa gestão totalmente pública que merece ser focada.
Almada capta, armazena, distribui em baixa, faz tratamento de águas residuais, ou seja, tem uma gestão pública, directa e integral. Cobra aos munícipes 1,20 euros/m3 e há 3 anos que não aumenta o preço da água porque não precisa cobrar mais pelo valor da água para garantir a sustentabilidade do sistema. O sistema é auto-suficiente e tem uma escala de 200 000 habitantes, tem 100% de abastecimento e 100% no saneamento.
Isto é um exemplo de boa gestão pública e há mais casos no país.”

Sem outro assunto de momento,

Subscrevo com os melhores cumprimentos

OLima disse...

O eucalipto cresce um bocadinho, diz ela
http://youtu.be/Mq3H9A5xeZs

OLima disse...

Ainda sobre o imbróglio da construção da barragem de Ribeira das Cortes:
O problema é que poucos são os que conseguem explicar a necessidade desta obra pública, com um custo previsto de 30 milhões de euros, que há mais de dez anos levanta polémicas kafkianas à administração pública do País. Contra a sua edificação há uma lista enorme de entidades: 13 municípios vizinhos da Covilhã, pareceres das autoridades ambientais, as Ordens dos Arquitetos e Arquitetos Paisagistas, as associações ambientalistas. O próprio Governo de Passos Coelho concluiu, em novembro passado, pela "não existência de fundamentos respeitantes à necessidade de construção desta infraestrutura para resolver problemas de qualidade da água" (parecer de uma equipa multidisciplinar designada pelo Ministério da Agricultura e Ambiente para avaliar a situação).
E a infraestrutura, que custa 30 milhões, endivida ainda mais o concelho (que já é devedor de mais de 80 milhões de euros), contraria o Plano Diretor Municipal (que prevê a construção da barragem noutra localização), inunda uma zona protegida (Parque Natural da Serra da Estrela, Reserva Ecológica Nacional), e destrói um conjunto patrimonial considerado único por vários especialistas em arquitetura e paisagismo (de Siza Vieira ao Centro Nacional de Cultura).

http://visao.sapo.pt/a-promessa-de-passos-coelho=f713188