sexta-feira, 13 de março de 2015

Lóbis das energéticas minam regras para reduzir a poluição

Mosteiros, S. Miguel-Açores. Foto de Açores NaturezaViva.
  • Cerca de metade (183 em 352) dos membros das delegações governamentais que negoceiam com a União Europeia os limites de emissões de centrais térmicas pertencem a empresas energéticas, denuncia a Greenpeace. Na delegação espanhola, 8 dos 12 membros representam empresas desse mesmo setor, como a Gas Natural Fenosa, a Iberdrola e a Endesa; 5 dos membros da delegação britância representam os mesmos interesses; 7 dos membros da delegação grega apoiam os interesses dessa centrais. «É uma vergonha que sejam as próprias energéticas a fazer as normas que regulamentam as suas próprias indústrias», diz a Greenpeace.
  • As novas leis que estão a ser preparadas pela União Europeia e que vão estabelecer os limites da poluição na Europa podem tornar-se mais leves do que as que regem a poluição na China, alerta a Greenpeace. É lamentável saber que um representante do ministério do Ambiente britânico usou um comentário semelhante aos que os lóbis da energia como a Eurelectric e a RWE fazem para justificar que certas tecnologias de eficiência energética são muito caras.
  • A Celtique Energy abandonou o projeto de testes para a extração de gás de xisto em Fenhurst e Wisborough Green, no Sussex, após o governo de David Cameron ter publicado legislação a proibir essa atividade em parques nacionais.
  • A Greenpeace pediu à reguladora da transparência britânica que faça o governo de David Cameron publicar o relatório integral e não censurado acerca dos impactos da fraturação hidráulica na economia rural. Isso será importante para as autoridades locais de Lancashire poderem votar a favor ou contra a concessão pedida pela Cuadrilla.

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