quarta-feira, 20 de abril de 2016

Quercus avança com ação judicial contra obras no espaço do festival Marés Vivas

Imagem captada aqui.
  • A Quercus avançou com uma ação judicial para cancelar as obras no espaço do festival Marés Vivas, que decorrem junto à Reserva Natural, no Vale de Sampaio, no Estuário do Douro. Tudo porque, apesar das medidas impostas pelo ministério do Ambiente à PEV-Entertainment, organizadora do festival, para reduzir o impacto ambiental, as obras estão a perturbar e a destruir habitats de espécies protegidas. Para além disso, a Quercus considera que as medidas impostas pelo ministério são inócuas: «Só a presença de milhares de pessoas ali vai ter um impacto enormíssimo», sublinha Samuel Infante. A solução será relocalizar o evento, o que não será difícil porque Gaia tem inúmeros espaços muito mais apropriados. Para além da Quercus, o evento conta com a oposição total do SOS Estuário do Douro, que usa os mesmos argumentos da Quercus e sugere a praia de Canide Norte como ótimo local para a realização do evento. Entretanto, a PEV-Entertainment interpôs uma ação judicial contra o SOS Estuário do Douro por alegadas ameaças e chantagens sobre os seus responsáveis, por parte de «gente anónima que não é de nenhuma associação, que não tem conhecimento técnico e científico para aferir nada», sublinhando que o evento se realiza fora da reserva e que o local foi objeto de um estudo de impacto ambiental exigido pelo ministério do Ambiente. JN. Entretanto, Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de VN de Gaia, acusa os ambientalistas de «vingança mesquinha». Tudo porque, defende o autarca, os ambientalistas dos dois grupos estão descontentes após a autarquia ter suspendido, a partir de 2012, a atribuição de um subsídio confidencial anual de 15 mil euros à Quercus e do fim dos ajustes diretos a uma empresa de árvores e jardins que ganhou dezenas de milhares de euros de ajustes diretos da Câmara e das Águas de Gaia e cujo diretor lidera agora a contestação encabeçada pelo SOS Estuário do Douro. O presidente da Câmara de VN de Gaia, ao acusar os ambientalistas de «vingança mesquinha», acaba por sugerir que a atribuição de subsídios à Quercus terá sido para a controlar e calar e, quem sabe, para «esverdear» ou limpar a imagem da autarquia perante a eventualidade de uma ação menos digna perante o Ambiente local. Será isto?
  • Mais de 200 voluntários recolheram cerca de três toneladas de lixo de uma extensão de 15 Km entre a Costa do Norte e a área sul da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, no concelho de Sines, distrito de Setúbal. Sapatos, armadilhas de pesca, jerricãs, latas, garrafas de vidro, cotonetes, cordas e esferovite estão entre os resíduos encontrados no areal. O plástico foi o resíduo encontrado em maior quantidade, seja sob a forma de garrafas, cotonetes ou até de escovas de dentes. Lusa/Diário Digital.
  • O governo britânico de David Cameron atribuiu, em 2015, 86 biliões de libras à Shell para a compensar do próximo encerramento do seu poço de petróleo em Brent. Em 2014, o governo britânico subsidiou aquela petrolífera em 232 milhões de libras para operações de extração de petróleo no Mar do Norte. Refira-se que a Shell pagou, em 2014, 2,85 biliões de libras à noruega por direitos de exploração de petróleo ao largo da costa daquele país. Business Matters.
  • Vencedores dos Prémios Ambientais Goldman 2016: (1) Zuzana Caputova, Eslováquia: advogada, liderou uma campanha que levou ao encerramento de uma lixeira tóxica que contaminava o ar, a água e os terrenos de vinha; (2) Leng Ouch, Cambodja: documentou o abate ilegal de floresta e denunciou o roubo de terras, fazendo com que o governo cancelasse concessões de terras; (3) Máxima Acuña, Perú: agricultora, opôs-se à aquisição da sua terra por parte de uma mineradora de cobre e ouro; (4) Destiny Watford, EUA: lIderou luta contra a iconstrução de uma incineradora perto de uma escola secundária em Curtis Bay, Baltimore; (5) Luis Jorge Rivera Herrera, Porto Rico: apoiou uma campanha para a criação de uma reserva natural no corredor ecológico do nordeste, um sítio de nidificação importante para uma espécie de tartarugas em perigo de extinção; (6) Edward Loure, Tanzânia: liderou uma organização de base pioneira numa abordagem que dá títulos de terras a comunidades indígenas, em vez de as dar a indivíduos, no norte da Tanzânia.


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