terça-feira, 23 de maio de 2017

Bico calado

Fadel Senna/AFP/Getty Images
  • «Sabemo-lo bem: o breve Marques Mendes tem a densidade intelectual de uma flatulência e o perfil moral de uma alforreca. Eu tinha ouvido falar das suas incursões sobre as eleições autárquicas mas, concedendo a dúvida metódica – sou um ingénuo – quis ver e ouvir por mim. O Marques mente sempre, mas nunca nos decepciona: quando alguém me diz que foi mau, sei que foi péssimo. (…) Segundo ele, só há três candidatos a considerar: Medina, Teresa Coelho e Assunção Cristas. Não me digas, ó excrementício ente! Quer dizer: na Assembleia Municipal o PCP, seis (6), representantes, o BE quatro (4), o PEV dois (2) e o CDS dois (2). (…) Não há mais candidatos na mente retorcida do gaitinhas? Claro que há, por isso os omite. Tenta, seguindo o velho mestre, criar, não só um facto político, mas uma realidade política, coisa que está fora do alcance das suas pequenas mãos e ainda mais pequenos neurónios.  (…)» José Gabriel in Mendes, o autarquicólogo, FB.
  • «Vivemos tempos paradoxais no nosso espaço público. A política e sobretudo o comentário político ocupam significativo espaço nos mais diversos meios de Comunicação Social, nomeadamente em canais de televisão, jornais, páginas da Internet, redes sociais. No entanto, o debate político raramente pareceu tão estreito nos seus temas e abordagens. Com honrosas e esporádicas exceções, as análises convergem nas velhas interpretações e posições do "centrão", alimentadas por uma relação, por vezes de manifesta cumplicidade, entre jornalistas, ex-detentores de cargos políticos e atuais atores políticos. A informação que recebemos surge-nos "contextualizada" e "cristalizada" em opiniões esvaziadas de capacidade crítica. Nessa formatação do comentário político, não cabem alguns dos fundamentais conteúdos novos e das dinâmicas que a conjuntura política que vivemos vai despoletando. Pode acrescentar-se, com ironia, que o facto de o presidente da República ser o mais qualificado dessa velha escola - e não se escusar a analisar e a comentar todos os factos e cenários - esvazia os conteúdos àqueles analistas. A alguns, resta-lhes o recurso à manipulação. (…)» Manuel Carvalho da Silva in A política em fugaJN 22mai2017.
  • No mesmo dia em que os EUA e a Arábia Saudita assinam acordo de 110 biliões de armas, a Arábia Saudita e os Emiratos Árabes Unidos doam 100 milhões a um fundo da filha de Trump. Embora disfarcem alegando que este dinheiro vai ser gerido pelo Banco Mundial, recorde-se que a menina é conselheira do pai e tem gabinete na Casa Branca. Todos sabem disto e os líderes mundiais saberão muito bem o que poderão fazer sempre que quiserem meter uma cunha: endossar um cheque à fundação da menina. Fantástico, para quem criticava a Clinton Foundation por ter recebido donativos da Arábia Saudita, ditadura que, segundo Trump, matava homossexuais e onde as mulheres eram escravas. MSNBC.

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